domingo, 11 de outubro de 2009

FUNDAMENTALISMO - TEXTO PARA OS ALUNOS DO SPRBC


SOBRE CRENÇAS E INTOLERÂNCIA 

(Jornal do Brasil de 20.10.2001)
Leonardo Boff

     O fundamentalismo não possui apenas um rosto religioso; todos os sistemas que se apresentam como portadores exclusivos da verdade devem ser considerados fundamentalistas

     Hoje se fala muito de fundamentalismo. Fundamentalismo do mercado e do projeto neoliberal, fundamentalismo cristão, fundamentalismo islâmico, principal responsável pelos atentados de 11 de setembro, fundamentalismo das posturas políticas e bélicas do Presidente Bush. Tentemos esclarecer o leitor o que seja fundamentalismo e o risco que representa para a pacífica convivência humana e para o futuro da humanidade.

     O nicho do fundamentalismo se encontra no protestantismo americano, surgido nos meados do século 19 e formalizado, posteriormente, numa pequena coleção de livros que vinha sob o título Fundamentals: a testimony of the Truth (1909-1915). Trata-se de uma tendência de fiéis, pregadores e teólogos que tomavam as palavras da Bíblia ao pé da letra (o fundamento de tudo para a fé protestante é a Bíblia). Se Deus consignou sua revelação no Livro Sagrado, então tudo, cada palavra e cada sentença devem ser verdadeiras e imutáveis. Em nome do literalismo, esses fiéis opunham-se às interpretações da assim chamada teologia liberal. Esta usava e usa os métodos histórico-críticos e hermenêuticos para interpretar textos escritos há 2-3 mil anos. Supõe-se que a história e as palavras não ficaram congeladas. Precisam ser interpretados para resgatar-lhes os sentidos originais. Esse procedimento para os fundamentalistas é ofensivo a Deus. Por razões semelhantes, eles se opõem aos conhecimentos contemporâneos da história, das ciências, da geografia e especialmente da biologia que possam questionar a verdade bíblica.

     Para o fundamentalista, a criação se realizou mesmo em sete dias. O cristianismo detém o monopólio da verdade revelada. Jesus é o único caminho para a salvação. Fora dele há somente perdição. Daí o caráter militante e missionário de todo fundamentalista. Face aos demais caminhos espirituais ele é intolerante, pois eles significam simplesmente errância. Na moral é especialmente rigoroso, particularmente no que concerne à sexualidade e à família. É contra os homossexuais, o movimento feminista e os movimentos libertários em geral. Na economia é conservador e na política sempre exalta a ordem e a segurança a qualquer custo.

     O fundamentalismo protestante ganhou relevância social a partir dos anos 50 com a Eletronic Church. Pregadores nacionalmente famosos usam o rádio e a televisão em cadeia para suas pregações e campanhas conservadoras. Sob Ronald Reagan, significaram um fator político determinante. Combatem abertamente o Conselho Mundial de Igrejas em Genebra (que reúne mais de duas centenas de denominações cristãs) e todo tipo de ecumenismo, tidos como coisa do diabo.

     O catolicismo possui também seu tipo de fundamentalismo. Ele vem sob o nome de Restauração e Integrismo. Procura-se restaurar a antiga ordem, fundada no casamento (incestuoso) do poder político com o poder clerical. Visa-se uma integração de todos os elementos da sociedade, e da história sob a hegemonia do espiritual representado, interpretado e proposto pela Igreja Católica (seu corpo hierárquico encabeçado pelo Papa). O inimigo a combater é a modernidade, com suas liberdades e seu processo de secularização. Expressões do Integrismo é modernamente o Cardeal Josef Ratzinger, presidente da antiga Inquisição, que sustenta ainda a tese de que a Igreja Católica é a única Igreja de Cristo, também a única religião verdadeira, fora da qual não todos correm risco de perdição. Ou o arcebispo Marcel Lefebvre, que fundou sua Igreja paralela, considerada a fiel detentora da Tradição e da fé verdadeiras. Características fundamentalistas se encontram também em setores importantes do pentecostismo, também católico e nas igrejas evangelicais populares.

     Intolerância - O fundamentalismo não é uma doutrina. Mas uma forma de interpretar e viver a doutrina. É a atitude daquele que confere caráter absoluto ao seu ponto de vista. Sendo assim, imediatamente surge um problema de graves conseqüências: quem se sente portador de uma verdade absoluta não pode tolerar outra verdade e seu destino é a intolerância. E a intolerância gera o desprezo do outro e o desprezo, a agressividade e a agressividade, a guerra contra o erro a ser combatido e exterminado. Irrompem guerras religiosas, violentíssimas, com incontáveis vítimas.

     Não há nenhuma religião mais guerreira que a tradição dos filhos de Abraão: judeus, cristãos e muçulmanos. Cada qual vive da convicção tribalista de ser povo escolhido e portador exclusivo da revelação do Deus único e verdadeiro. Essa fé deve ser difundida em todo o mundo, em geral numa articulação com o poder colonialista e imperial, como historicamente ocorreu na América Latina, África e Ásia.

     O fundamentalismo, como atitude e tendência, se encontra em setores de todas as religiões e caminhos espirituais. Hoje em dia, o fundamentalismo judeu se centra na construção do Estado de Israel segundo o tamanho que lhe atribui à Bíblia hebraica. O fundamentalismo islâmico quer fazer do Alcorão a única forma de vida, de moral, de política e de organização do Estado entre os islâmicos e em todo o mundo. Todos os que se opõem a essa visão de mundo são obstáculos à instauração “da cidade de Deus” e conseqüentemente são infiéis e merecem ser perseguidos e eventualmente eliminados.

     Verdade — O fundamentalismo não possui apenas um rosto religioso. Todos os sistemas sejam culturais, científicos, políticos, econômicos e artísticos que se apresentam como portadores exclusivos de verdade e de solução única para os problemas devem ser considerados fundamentalistas. Vivemos atualmente sob o império feroz de vários fundamentalismos.

     O primeiro e mais visível de todos é o fundamentalismo da ideologia política do neoliberalismo, do modo de produção capitalista e de sua melhor expressão, o mercado mundialmente integrado. Ele se apresenta como a solução única para todos os países e para todos as carências da humanidade (todos precisam de um necessário choque de capitalismo, diz-se fundamentalisticamente). A lógica interna deste sistema, entretanto, é ser acumulador de bens e serviços, por isso, criador de grandes desigualdades (injustiças), explorador ou dispensador da força de trabalho e predador da natureza. Ele é apenas competitivo e nada cooperativo. Politicamente é democrático, economicamente é ditatorial. Por isso a economia capitalista destrói continuamente a democracia participativa. Onde se implanta, a cultura capitalista cria uma cosmovisão materialista, individualista e sem qualquer freio ético. Há teóricos que apresentam essa etapa como o fim da história. Para ela não haveria alternativa. Urge inserir-se nela. Caso contrário perde-se o ritmo da história. A condenação é a marginalidade ou a exclusão. Eis o pensamento único e a ditadura da globalização especialmente econômico-financeira (considero esta etapa como a idade de ferro da globalização), hegemonizada pelas potências ocidentais.

     Outro tipo de fundamentalismo comparece no paradigma científico moderno. Ele está assentado sobre a violência contra a natureza. Bem dizia Francis Bacon, pai da moderna metodologia científica: há de se torturar a natureza como o faz o inquisidor com seu inquirido, até que ela entregue todos os seus segredos. Impõe-se esse método, fundado no corte e na compartimentação da realidade una e diversa, como a única forma aceitável de acesso ao real. Desmoralizam-se outras formas de conhecimento que vão além ou ficam aquém dos caminhos da razão instrumental-analítica. Ocorre que o projeto da tecnociência gestou o princípio da autodestruição da vida. A máquina de morte já construída pode pôr fim à biosfera e impossibilitar o projeto planetário humano. Na guerra bacteriológica, basta meio quilo de toxina do botulismo para matar 1 bilhão de pessoas.

     Bin Laden - Nos dias atuais assistimos, estarrecidos, a dois tipos de fundamentalismo político. Um representado pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e outro por Osama Bin Laden. O presidente americano urde seus discursos no melhor código fundamentalista: A luta é do bem (América) contra o mal (terrorismo islâmico). Ou se é contra o terrorismo e pela América ou se é a favor do terrorismo e contra a América. Não há matizes nem alternativas. O ataque terrorista não foi contra os Estados Unidos, mas sim contra a humanidade, na suposição que eles são a própria humanidade. O projeto inicial de guerra se chamava Justiça Infinita, termo que usurpa a dimensão do Divino. Depois com menor arrogância, mas na linguagem da utopia, chamou-se de Liberdade Duradoura. Termina suas intervenções com “God saves America. Há dezenas de anos que a política exterior dos Estados Unidos maltrata as nações árabes fazendo pacto com governantes despóticos (alguns emirados árabes nem constituição possuem) em razão da garantia do suprimento de petróleo. A partir de 1991, por ocasião da guerra contra o Iraque, já morreram naquele país cerca de 1 milhão de crianças por causa do embargo que atinge os suprimentos medicinais e 5% da população foi morta em sistemáticos bombardeios.

     A atuação no conflito entre Israel e os palestinos é as posições dos Estados Unidos visivelmente unilateral, em favor dos ataques devastadores que a máquina de guerra israelense move contra a população palestina que usa pedras (intifada). A Arábia Saudita é ocupada por uma poderosa base militar americana, território sagrado do islamismo onde se situam as duas cidades santas Meca e Medina. Tal fato é para a fé islâmica tão vergonhoso quanto um católico tolerar a Máfia no governo do Vaticano. Coisas assim acumulam amargura, ressentimento, revolta e vontade de vindita. É o fermento do terrorismo muçulmano cujos efeitos nefastos todos assistimos e condenamos.

     Não menos fundamentalista é a retórica dos talibãs e de Osama Bin Laden. Este também coloca a guerra entre o bem (islamismo) e o mal (a América). Em seu famoso discurso após o atentado, divide o mundo entre dois campos: o campo dos fiéis e o campo dos infiéis. “O chefe dos infiéis internacionais, o símbolo mundial moderno do paganismo, é a América e seus aliados.” O atentado terrorista significa que “a América foi atacada por Deus em um dos seus órgãos vitais - Graça e gratidão a Deus”. A cultura ocidental como um todo é vista como materialista, atéia, secularista, anti-ética e belicista. Daí a recusa em dialogar com ela e a vontade de estrangulá-la em nome do próprio Alá.

     Em nome de que Deus ambos falam? Não é seguramente em nome do Deus da vida, de Alá, o Grande e Misericordioso, nem em nome do Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, da ternura dos humildes e da opção pelos oprimidos. Falam em nome de ídolos que produzem mortes e vivem de sangue.

     É próprio do fundamentalismo responder terror com terror, pois se trata de conferir vitória à única verdade e ao bem e destruir a falsa “verdade” e o mal. Foi o que ambos, Bush e Bin Laden fizeram. Enquanto predominarem tais fundamentalismos seremos condenados à intolerância, à violência e à guerra e, no termo, à ameaça de dizimação da biosfera.

     Cegos - Não se há de sorrir nem de chorar. Mas de procurar entender. Todos os fundamentalismos, não obstante o variado matiz, possuem as mesmas constantes. Trata-se sempre de um sistema fechado, feito de claro e de escuro, inimigo de toda diferenciação e cego face à lógica do ar co-íris, em que a pluralidade convive com a unidade. Cada verdade se encontra indissolúvel mente concatenada à outra. Questionada uma, desaba todo o edifício. Daí a intolerância e a lógica linear. Daí sua força de atração para espíritos sedentos de orientações claras e de contornos precisos. Para o fundamentalista militante a mor te é doce, pois transporta o mártir diretamente ao seio materno de “Deus”, enquanto a vida é vivida como oportunidade de cumprir a missão divina de converter ou exterminar os infiéis. O grupo é o lar da identidade, o porto da plena segurança e a confirmação de estar do lado certo.

     Como enfrentar os fundamentalistas? Estes são praticamente inacessíveis à argumentação racional. Nem por isso deve-se renunciar ao diálogo, à tolerância e o uso da razão para mostrar as contradições internas, subjacentes ao discurso e à prática fundamentalista. Por detrás do fundamentalismo político vigora uma experiência dolorosa e humilhação e de prolongado sofrimento. E procura-se infligir a mesma coisa ao outro, o que manifestamente contraditório. Trazer o fundamentalista à realidade concreta, cheia de contradições, claro-escuros e nuances pode introduzir ele a dúvida e a insegurança. Estas possuem uma função terapêutica. Podem abrir uma brecha ara a luz no muro das convicções cerradas e excludentes. Dialogar até a exaustão, negociar até o imite intransponível da razoabilidade, pode levar o fundamentalista a reconhecer o outro, seu direito de existir e a contribuição que poderá dar para uma convergência mínima na diversidade.

     Estamos numa encruzilhada da história humana. Ou criar-se-ão relações multipolares de poder, eqüitativas e inclusivas com pesados investimentos na qualidade total da vida para que todos possam comer, morar com mínima dignidade e apropriar-se de cultura com a qual se possam comunicar com seus semelhantes, preservando a integridade e beleza da natureza ou iremos ao encontro do pior, quem sabe, ao mesmo destino dos dinossauros. Armas para isso existem e sobra demência. Faz-se urgente mais sabedoria que poder e mais espiritualidade que acúmulo de bens matérias. Então os povos poderão se abraçar como irmãos na mesma Casa Comum, a Terra, e irradiaremos como filhos da alegria e não como condenados ao vale de lágrimas.

     - Leonardo Boff é teólogo e escritor, autor de A oração de São Francisco: uma mensagem de paz para o mundo atual (Sextante)




5 comentários:

  1. Cleonice Bernardo de Moura Mello11 de novembro de 2009 às 16:58

    Na minha opinião os fundamentalistas cristãos usam o nome e a Palavra de Deus para justificar seus atos.
    Os fundamentalistas se sentem os donos da verdade. Se pararmos para pensar nas consequencias disso é só observarmos como são algumas pessoas que não aceitam outras opiniões. São pessoas difíceis de dialogar, e só naquilo que acreditam é verdade.
    Não é de se admirar que o mundo esteja como está. Guerras, conflitos, nação contra nação. O problema é que ninguem quer ceder. Responde-se violencia com violencia.
    Enquanto alguem nao ceder, continuaremos vivendo no caos.

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  2. os fundamentalista sao pessoas que precisao ser flexiveis nas suas ideias, pois elas sao avassaladoras e cativantes para quem quer seguir.
    Por isso que seus pensamentos acerca da palavra de Deus sao firmes. Com certeza se formos debater acerca da verdade do evangelho de Cristo com os fundamentalista, eles com certeza manterao firme o seu pensamento.
    Pelo que eu entendi os fundamentalista usam a palavra de Deus para colocar a uma razao fundamentada no meio da sociedade.

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  3. Yuri Ferreira Guimarães28 de novembro de 2009 às 04:14

    É interessante o ponto de vista de Leonardo Boff, pois ele inicia o texto já afirmando que toda crença que acredita ter a verdade absoluta é fundamentalista. Sob este ponto de vista todos os cristãos são, ou deveriam ser, fundamentalistas. Os cristãos crêem que só Jesus salva do inferno, que somente esse Jesus é Deus, e outros “deuses” são falsos e não existem, não passando de mera ilusão, alucinação e invenção do homem. Essa afirmação de Boff, sob o ponto de vista sociológico também é importante, pois todos os povos e culturas apresentam uma divindade e muitas de forma geral defendem a sua divindade como única, e lembrando que a maioria destes povos possui sua própria estória da criação da terra e do homem. Então fundamentalismo e religião de forma geral estão ligados.
    De forma geral com certeza vivemos em um mundo fundamentalista. E esse fundamentalismo esta desdobrado em inúmeras áreas da vida social, seja religiosa, política, e até social, pois há grupos que defender que só há uma forma de mudar a sociedade e se sentem os donos da verdade sobre o modo de mudar a sociedade. E visando tal mudança, estes grupos as vezes usa a violência para tentar implantar esta visão.
    É aqui que o fundamentalismo se torna ruim. A intolerância gera a violência fundamentalista, que não faz bem nenhum para a sociedade, pois apenas afasta muitas pessoas dos sistemas religiosos e políticos que são bons. Boff faz esta relação entre intolerância e violência, e afirma que uma leva a outra, e até isso pode ser verdade sob um ponto de vista, mas na sociedade atual que varia entre aceitar tudo e as vezes não se aceitar quase nada, a intolerância vai perdendo sua forma, e vai gerando ódio quanto a intolerância.
    Concordo com Boff que realmente os cristãos são a favor de princípios morais, familiares, e são contra o homossexualismo (não contra os homossexuais que são almas), mas não concordo que os cristãos sejam totalmente contra os movimentos feministas, contanto que estes não distorção a teologia, e nem contra os movimentos libertários, contanto que estes visão uma liberdade real ao homem e não outro sistema que venha aprisionar o homem e a sociedade.
    Por fim, o fundamentalismo islâmico é um exemplo de fundamentalismo ruim, que não está aberto a outras opiniões, que é intolerante e violento em nome de um “deus” que deveria ser bom e não levar seu povo a prejudicar a própria humanidade criada. Contra esse fundamentalismo que se deve levantar. Um absurdo sobre estes grupos que ditam sua verdade é que eles não compreenderam que “verdade (absoluta) vai ser verdade independente do que os outros pensem, e nunca vai mudar”, e um dia esta verdade vai ser descoberta por todos, e quando isso acontecer, quem estiver certo vai se regozijar e quem estiver errado, vai se entristecer e muito.
    Chega de armas e violência. Vamos discutir nossas opiniões, vamos ser abertos para ouvir outras idéias, não vamos ser mais “cabeças dura”. Pois no fim a verdade vai se revelar, e esta verdade é cristo (desculpem o meu fundamentalismo neste final aqui, mas não tem como, é a verdade).

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  4. Diego xavier

    O que se pode chamar de fundamentalismo é toda reivindicação de deter a verdade absoluta. Dessa forma temos esse conceito bem presente em meio ao protestantismo bem como no seio da igreja católica. Nota-se muito claramente que em si, o cristianismo tem sua parcela de fundamentalismo, ou ainda dizendo, praticamente todas as religiões o tem, conquanto defendam ter posições corretas. Por um lado isso é muito bom porque existem valores que de fato não podem ser negociados, pra os protestantes ainda mais pois defendem a Bíblia como única verdade, com tudo o fundamentalismo se faz problemático quando deixa a discussão racional e parte simplesmente para a intolerância obstinada, sem discutir, sem saber causas ou antes sem pensar os movimentos que estão à sua volta, dessa forma cai-se em extremos como por exemplo fazem os grupos terroristas.
    Por fim o que se conclui é que de certa forma precisamos ser fundamentalistas, contudo este não deve jamais impedir a discussão, não deve jamais tornar-se impecilho para o respeito, aceitando a todos contudo defendendo racional e abertamente as opiniões. Portanto, o que se deve fazer não é nada mais do que simplesmente pensar os movimentos, pensar os mundos interpretando tanto a um como o outro, o que pode ser um fundamentalismo sadio.

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  5. E interesante o jeito que Leonardo Boffe aborda o fundamentalismo protestante, isso foi ganhando relevancia social a partir dos anos 50.
    Os fundamentalistas se sentem os donos da verdade. Se pararmos para pensar nas consequencias disso é só observarmos como são algumas pessoas que não aceitam outras opiniões.
    Trata-se de um sistema fechado, feito de pessoas que nao aceita uma opiniao do outro.

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